domingo, 31 de julho de 2011

 E então eu percebi, que não havia mais tempo e eu precisava mudar, seguir, tipo já, pra ontem.

Gleisse Keli

sábado, 30 de julho de 2011

Meu pequeno e partido coração, que dó de você, que dó.

gkh
E eu achei que estava por um fio, achei também que aquele meu velho tio teria talvez razão de que aquilo não era meu, aquilo nunca me pertenceu, que aquele não era meu mundo, mais assim, ali, triste, coitadinha, eu sei que deveria acreditar nele, e em todos que falavam o mesmo, afinal são vividos, já passaram por isso tantas vezes, por que não arriscar confiar neles. Será porque quem eu tanto confiei me apunhalou pelas costas? Talvez fosse isto, tornando-me uma ser desconfiada, descentrada, mas também, mais vivida.
Está bem, eu sei, todos falam, pensamento errado, imaturo, desvivido, sem me tocar, eu sei. Ok. Vamos mudar a linha de pensamento, vai que eu confio e quebro a cara de novo, que dó do cirurgião. Ok, eu falei, vamos mudar a linha de pensamento, vou confiar e então vai confiar em mim? Tá, vai. Eu sei que vai. Eu disse, sempre sei.

Gleisse Keli Horn

Lá estou eu em mais uma mesa com risos pela metade. Olho pro lado e sinto uma saudade imensa, doída, desesperançada e até cínica. Saudade de alguma coisa ou de alguém, não sei. Talvez de mim, de algum amor verdadeiro que durou um segundo... Meus amigos me adoram. Mas será que eles sabem que se eu estou morrendo de rir agora, mas daqui a pouco vou morrer de chorar? E isso 24 horas. E eu, mais uma vez, olho para o lado morrendo de saudade dessa coisa que eu não sei o que é. Dessa coisa que talvez seja amor. Odeio todos os amores baratos, curtos e não amores que eu inventei só para pular uma semana sem dor. A cada semana sem dor que eu pulo, pareço acumular uma vida de dor. Preciso parar, preciso esperar. Mas a solidão dói e eu sigo inventando personagens. Odeio minha fraqueza em me enganar. Eu invento amor, sim e dói admitir isso. Mas é que não aguento mais não dar um rosto para a minha saudade. É tudo pela metade, ao menos a minha fantasia é por inteiro.. enquanto dura. No final bruto, seco e silencioso é sempre isso mesmo, eu aqui meio querendo chorar, meio querendo mentir sobre a vida até acreditar. E aí eu deito e penso em coisas bonitinhas. E quando vou ver, já dormi.

Tati B.
- Alô?

- Oi, não fala nada, só escuta. Sim, tenho plena consciência de que são 2:32 da manhã, ou melhor da madrugada, e que você odeia que te acordem. Sei também que você tá com o coração acelerado porque como sempre, o toque do seu celular é estridente. Mas olha, estou fazendo tudo isso por um bom motivo. Lembra da minha amiga, a Gabriela? Então, ela me apresentou um cara tão lindo, tão inteligente, alto, másculo, e que usa meias referente aos pares. Ele tem dois cachorros dóceis, e mora em um apartamento no centro de São Paulo que é ma-ra-vi-lho-so. Mas antes que você pense que eu liguei pra fazer ciúmes, eu liguei porque eu vim aqui pra sacada fumar, e comecei a chorar. Tava passando ”P.S: eu te amo” na tv por assinatura, e sabe, eu lembrei de quando deitei no sofá com você, e reparei que você usava uma meia de cada par. Você chorou igual criança assistindo, até que aquelas suas duas cachorras monstras resolveram brigar por causa daquele bichinho de pelúcia verde, que você apelidou de melequinha. Olha só, que coisa estúpida, eu fumando. Fumando porque quero parecer mais cool e mais descolada, mas estou chorando porque lembrei que o melequinha era tão engraçadinho. Tá vendo? Eu sou uma burra. Mas você, você também é. Burro por me deixar ir embora, burro por não lutar por mim. Te juro que só mais um pedido para que eu ficasse, eu ficava, e ficava pra sempre! Mas você, como sempre, disse que eu já era grande demais pra decidir o que fazer da vida. Mas vida, que vida? Vida sem você? Não existe. O cheiro desse cara que a Gabi me apresentou é de perfume importado, você sabe o quando sou tarada por perfumes. Mas eu largaria esse cheiro de Paris ou de banco de couro de carro novo, não importa, pelo seu cheiro de cebolas, após uma tentativa frustrada de um jantar romântico. Tô chorando mais ainda. Por que você não me pega no colo, diz a ele que sou sua, e me leva pra sua casinha, meu indie, hippie, sei lá, que tem cheiro de lavanda, hein? Hein? Já se passaram 6 meses, vi suas atualizações nas redes sociais.
Vi você começando e terminando relacionamentos como quem começa e termina uma barra de chocolate. E eu não falei nada. Quer dizer, até agora, porque você é um idiota, sabe que me ama e não faz porcaria nenhuma. Mas enfim, além de estar fumando e chorando, eu também tô bebendo. Bebendo muito, mas nem assim esqueço. Você sabe o quanto me faz falta? Todos os poemas de Vinicius me lembram você, e os toques, os sorrisos, as piadas, são tão sem graça se não há você do meu lado, bagunçando meu cabelo e mordendo meu pescoço. Mas tá bom, tô falando demais, né? Você ainda tá aí? Tô falando tanto e nem reparei se a sua respiração tá no outro lado da linha..

- Tô respirando sim (risos).

- (risos) Que bom então. Desculpa te acordar, te dizer tudo isso, na verdade, eu só tô um pouco cansada, esquece o que eu disse, eu nem gosto mais de voc …

- Que horas te busco?

- Agora.

- Tô indo, te amo.

- Vem logo, tá frio. Amo você também.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Esquecer não é simples assim como o passar de uma ressaca. Não é tão facil como bater a palma da mão. Não é tão convicto como dois mais dois.
Gleisse Keli

terça-feira, 26 de julho de 2011


Nem todo dia tem Sol, nem toda sobremesa é cheese cake e nem toda relação homem e mulher é romance.
E você vai fazer o quê?
Vai se matar por causa do cinza acima da sua cabeça? Vai tremer hipoglicêmica e carente porque só sobrou torta holandesa? Vai se manter virgem e intacta até aparecer o homem que vai te dar uma casa com cerquinhas brancas, cachorrinhos e bebês?
Claro que não, você vai viver a vida, curtindo o que ela tem de melhor. E o que um bonitão que só quer te comer pode ter de melhor? Bom, eu poderia fazer uma lista. Mas a droga do romance estraga tudo isso, a droga dos filmes românticos nos enganam como as propagandas de cerveja que enchem de gostosas os babacas segurando um copinho.
Por que raios a gente tem de romantizar qualquer demonstração de carinho de um homem se na maioria dos casos eles só querem nos comer? E por que ficamos tão putas se eles apenas nos comem e caem fora?
Quem disse que eles são obrigados a nos amar eternamente só porque conheceram de perto a nossa beleza interior? E, finalmente: que mal há em sermos gostosas e os homens quererem nos comer? Por que isso parece ofensivo? Por que nos sentimos usadas se ambos estão lá de livre e espontânea vontade?
Isso é herança das mulheres pudicas, sonhadoras e donas de casa do século passado ou a célula do romance vai eternamente se multipilcar e passar de geração em geração através das mulheres?
Eu tento, juro que tento. Mas a droga do romance não me deixa em paz.
É uma praga.
Conscientemente eu sei que nem todos os caras querem namorar comigo, e mais conscientemente ainda eu sei que eu também não quero namorar com a maioria deles. Mas lá dentro fica a dúvida: será que fui usada?
Da onde vem esse sentimento fraco, submisso, antigo, arcaico, pobre e idiota de que numa relação sexual o homem é o dominante que come e a mulher a coitada que é comida? E por que se ele te tratou tão bem, com tanto carinho e respeito, só quis te comer e caiu fora? Precisava se dar tanto trabalho?
A vida é complicada. E a vida é complicada porque nós mulheres romantizamos tudo, ou quase tudo. Ou justamente o que não deveríamos.
A gente faz planos mesmo em cima dos silêncios deles. A gente vê beleza em cada sumiço. A gente vê olhares de amor no mais puro olhar de tesão. A gente acaba de trepar e é batata: deita no peito deles!
Ah, o romance! Mulher que é mulher não consegue fugir de um.
Você vai para o banho super senhora de si, mas enquanto a água escorre, você fica na dúvida entre se ele vai ligar no dia seguinte e o nome dos filhos. Será que ele vai ter os olhos do pai?
Eu cansei de ser assim, por que não consigo ver os homens como diversão se eles conseguem tão facilmente nos ver assim? Por que não posso aceitar que nem tudo é romance?
Por que a droga da chuva me lembra todas as vezes que eu voltei para casa sonhando e no dia seguinte me deparei com a frieza do dia seguinte?
Aonde está você pelo amor de Deus! Aonde está você? Não vê que estou cansada de pertencer a todos e não ser de ninguém? Não vê que minha devolução me enfraquece cada vez mais em me entregar?
Não vê que na loucura de te encontrar não meço as entregas? E elas nunca são entregas porque eles nunca são você.
Porque comecei este texto tão bem e mais uma vez esqueci de ser a mulher moderna que eu tanto gostaria de ser para lembrar a mulher romântica que espera por você a cada esquina, a cada decote, a cada riso nervoso que solto em forma de grito à espera do seu socorro.
Eu vou continuar vendo você em todos esses crápulas que fingem ser você para vulgarizar o meu amor. Eu vou continuar cheirando você em todos esses suores fugazes que me querem num conto pequeno. Eu vou continuar lendo a nossa história em contos pequenos.
Cadê você que some a cada som que não me procura? Cadê você que parece ser e nunca é porque desaparece no cansaço das relações?
O meu amor acaba por todos, a minha espera cansa por todos, a minha raiva ameniza por todos. Mas a minha fé por você cresce a cada dia.
Eu posso transar no primeiro encontro, eu posso transar por transar. Eu posso trepar. Eu posso te encontrar num flat na hora do almoço para uma rapidinha. Eu posso reclinar o banco do meu carro e mandar ver. Eu posso deixar você não me beijar na boca. Eu posso aceitar que você nunca me leve de mãos dadas a um cinema. Eu posso ser uma noite e nada demais. Eu posso ser um banheiro e nada mais. Eu posso ser nada mais.
Mas eu nunca, em nenhum momento, deixo de romantizar a vida, cada segundo, por mais podre que seja, dela. Eu nunca deixo de procurar você. Eu nunca deixo de acreditar que você exista, e eu nunca deixo de acreditar que você faz o mesmo a minha espera.

Tati Bernardi

segunda-feira, 25 de julho de 2011

"Mas ando me sentindo assim bem machona, acho que seguro o que rolar."

Caio
Sozinha entre a multidão.

domingo, 24 de julho de 2011

Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. Tenho só um mundo pela frente. E olhe pra ele. Olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto. Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa(...) Mas agora, com sua licença. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama.

Caio Fernando De Abreu

Desculpa o excesso. De palavras, sentimento, lembranças. Eu sei que canso.
Desculpa a confusão… Ser tanto, ser tantas. Transbordo mesmo. Mas é que meu barco já veio furado. Tive que aprender a nadar em águas profundas. E fiquei assim, densa. Indo sempre ao fundo de mim, de você, dos outros. 
"Nossa você mudou tanto.
Claro né, achou que eu ia ser otária pro resto da vida ?"

quinta-feira, 21 de julho de 2011


            Olhe no espelho, o fundo de seus olhos. O que você vê? Felicidade , tristeza, ou um vazio? Caso seja as duas ultimas opções lhe aconselho a olhar-se novamente no espelho. Agora não no fundo de seus olhos, se olhe por um todo, pense em tudo que você tem, sua vida. Agora, saia dessa angústia e olhe como olhos de quem sabe viver, de quem sabe oque está fazendo, mesmo não sabendo, apenas olhe, enxergue-se, adore tudo oque conspira a seu favor. Então, você conseguirá a primeira opção, apenas olhe.

Gleisse Keli Horn

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Você sempre viveu sem ele, e continuará vivendo. Me poupe do drama.

CFA

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Só preciso de alguns abraços queridos, a companhia suave, bate-papos que me façam sorrir, algum nível de embriaguez e a sincronicidade.

Caio Fernando de Abreu

terça-feira, 12 de julho de 2011

Felicidade, ontem te odiei, hoje eu te amo, eu sei que as vezes a gente se desencontra, mais jura, que agora você não desgruda mais de mim?


Gleisse Keli Horn

Sabe, estou ótima, meu coração, finalmente esfriou.

Gleisse Keli
 Disse a mim mesma: Se ele pode me ignorar, eu também posso fazer o mesmo. 

se eu demorar, me espera.
se eu te enrolar, me empurra.
se eu te entregar, aceita.
se eu recusar, me surra.
se eu sussurrar, escuta.
se eu balançar, segura.
se eu gaguejar, me entende.
se eu duvidar, me jura.
se eu for só teu, me tenha.
se eu num for, me larga.
se eu te enganar, descobre.
se eu te trair, me flagra.
se eu merecer, me bate.
se eu me mostrar, me veja.
se eu te zuar, me odeia.
mas se eu for bom, me beija!
se tu ta bem, eu to.
se tu num ta, tambem.
não to legal, não to.
pergunto o quê que tem.
tu diz que ta tranquila, mas eu sei que tu num ta.
tu ta bolada filha, vamo desembolar!
se eu te amar, me sente.
se eu te tocar, se assanha.
se eu te olhar, sorria.
se eu te perder, me ganha.
se eu te pedi, me da.
se for brigar, pra que?
se eu chorar, me anima.
mas se eu sorri é por voce!

domingo, 3 de julho de 2011

Minha mãe acha que meu quarto tá bagunçado, é porque ela ainda não viu a merda que tá meu coração.